Os poemas deveriam saber falar, no entanto escondem, abafam, disfarçam até os desabafos se fazem em forma de epopéias, em máscaras.
Textos não dizem nem desdizem, sombreiam, insinuam, entrelinham verdades, trapaceio o que leio a meu favor, digo o que entendi, mas não sei sobre o que diz a alma transparente da folha ainda em branco, rabiscos são códigos e todos embora difíceis são decifráveis, porém, uma folha e um lápis que se olham não se conhecem até que venham os arranhões, e ao se conhecerem não divulgam seus segredos, compactuam.
Nem mesmos os erros posso corrigir, seria outra trapaça.
De: Fátima Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário