Qual sol, pasmo observa e avista enevoada.
Uma terra que já ocultou fervores.
Agora num leito de morte, estonteada.
É Granja sitiada e sem valores.
Teu rio já não margeia, exige a entrada.
Em todo canto, cobre a terra de odores.
Teus filhos ingratos te venderam por nada.
Mãe prostituída a acalentar tantos amores.
Teu sorriso amarelou o lábio enrijecido.
Devolveram-te só dor e amargura.
Em suas sedes, teu seio não sacia.
Pilham-te em plena flor do dia.
Tu que já foste um ajo de candura.
Agora demente, te conspiram matricídio.
Tua prole tem joelhos fracos e dementes.
Anos de escravidão sempre reverentes.
Um dia ainda te curas da moléstia que te assola.
Grande já foi e quem sabe ainda poderia.
Que não tarde ter fim toda tua agonia.
Noutrora exuberante, hoje velha e decadente.
Nisso tudo o que me dar forças e consola.
É sonhar verte um dia, linda moça e sorridente.
Fátima Oliveira
e
Jorge Muniz!
Fátima Oliveira
e
Jorge Muniz!
5 comentários:
Nice shot
hanc libertatem futuram... uma afronta ao patritismo formal, por isso muito show
dera fosse só uma busca de "espetacularizar" os leitores... pura realidade apenas, porém incrivelmente poetizada, parabéns.
WOO PENA, UM BLOG TÃO BONITO, MAS NUM É ATUALIZADO RSR
Que texto maravilhoso! Um primor! Gostaria de saber o nome do autor.
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